sábado, 25 de abril de 2009

Dilma Rousseff

Hoje a ministra Dilma Rousseff anunciou que descobriu recentemente um câncer e que está em tratamento, mas que mesmo assim não irá se afastar de suas atividades.

No fim do seu pronunciamento ela disse:

“Eu não tinha nenhum sintoma, daí a importância, daí a gente aproveita essa oportunidade para falar para as pessoas que as pessoas têm que fazer prevenção.”

Parece que ela esqueceu que nos moramos no Brasil, aquele país em que as pessoas morrem na fila de espera, e isso doentes, imagina alguém sadio pra fazer um enxame de rotina, é esperar em média um ano. Se alguém tivesse com o mesmo problema dela, possivelmente só descobriria na fase avançada do câncer . Sei que é trágico o que estou escrevendo, mas isso se chama realidade, mesmo que essa pessoa fosse fazer os enxames de rotina, não seria atendido a tempo.

Nossa ministra poderia ter aproveitado a oportunidade para analisar o quanto a prevenção é importante pra população e influenciar aos responsáveis pela saúde à resolver os descasos da saúde pública, pois ela pagou todos os seus enxames com nosso dinheiro e nós infelizmente temos que esperar, esperar, esperar... pelo atendimento público.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Matrícula

Galera estou aproveitando minha "grandes férias" com viagens, curtição...

__ KKKKKK, me poupe Maisa.

__Ah imaginação você é foda, nem deixar eu ser feliz, o que é que tem eu imaginar que estou aproveitando minhas férias, ao invés de estar fazendo projeto, colocando leituras em dia, dando faxina em casa, pondo as coisas em ordem...

__Tá vendo por que você não pode imaginar tudo isso? Com esse tanto de coisa pra fazer em 10 dias de férias não sobra tempo pra imaginar nada. Conformes com suas férias de fachada.

__Essas férias de fachada é a verdade pura, nem nas férias temos sossego da faculdade, pois tem a matrícula. Aquela coisa chata, burocrática e obrigatória de todo semestre, quando imagino que temos que perder o maior tempo naqueles procedimentos...

__Peraí, você não está contando toda a história.

__Ah é, a que trabalho na matrícula. Pois é desde do 3º semestre ainda ganhei esse presente de trabalhar na matrícula, ou seja tenho que fazer a minha e acompanhar o processo de mais uma 200.

Já até pensei em deixar esse sofrimento, mas fico com pena de minha coordenadora e acabo indo para o stress. É um carimba pra cá, um pega pasta prá lá, resolve problema de uma lado, anota disciplina de outro...

__ Ufa!! já cansei.

__É já cansou, agora imagina esse movimento durante 4 horas ininterruptas. Loucura, loucura!!!

Ainda tem as partes trágicas de se trabalhar com aluno (sou aluna, rsrs) muitas vezes eles não entendem, querem do jeito deles e acabam deixando o clima mais pesado ainda. Acusações e até danos materiais a coordenadora já sofreu, eu pelo menos aguento só as caras feias e os buchichos de "puxa-saco", "só que ser" entre outros.

Termino feliz por ter sobrevivido à mais uma matrícula e na esperança que quando meus netos entrarem na faculdade, (do jeito que as coisa nas universidades públicas são lentas ) já tenham criado um sistema informatizado de matrícula e acabe com tanta burocracia e desgaste

domingo, 19 de abril de 2009

Ayla Franciele

Depois de uma semana agitada, sem tempo para nada, noites mal dormidas, enfim chegou as tão sonhadas férias da faculdade, se é que pode chamar isso de férias, dia 28 já tenho aula, mas é melhor esses dias do que nada.

Dá tempo de pelo menos olhar as fotos da semana santa. Apesar dessa correria toda, dei uma escapada e fui rever minha família, meu amigos, meu lugar, aliás não sei como seria uma semana santa longe deles como também longe de toda aquela tradição e mitologia que ainda cercam aquele lugar nessa data.

Foi dias maravilhosos, reecontrei todas as pessoas especias pra mim, entre elas a Ayla Franciele, minha sobrinha de 5 meses. Retificando, minha quase sobrinha, pois ela é neta da minha madrasta.

Depois do seu nascimento só tinha visto ela uma vez e não imaginaria que ela estaria tão fofa assim. Eu virei literalmente uma titia coruja, mas esse contato com ela me fez refletir muita coisa.

Eu e a Jucy engravidamos no mesmo período, ela teve uma gravidez tranquila e a Ayla está ai pra provar isso, ao minha ao contrário foi complicada e só tive o prazer de ouvir uma única vez o coraçãozinho do meu bebê. Perde-lo me trouxe muitas marcas, acredito que um dos quadros de Frida Khalo representa o momento que passei, já cheguei a posta-lo aqui. Me senti impotente, fracassada, principalmente por que foi minha segunda perca, um desgaste físico e emocional inexplicável.

Nesse dias que reencontrei a Ayla, passei momento imaginando como a "Luiza" estaria se ela tivesse nascido. Contudo eu olhava para a Ayla e me alimentava com um sentimento de conformação, não era o momento da "Luiza" vim ao mundo, talvez eu não estava preparada para ser mãe ainda e que tudo tem seu tempo certo para acontecer.

Eu acreditava nisso tudo, e a Ayla com seu sorriso de anjo me confirmava tudo isso.



domingo, 5 de abril de 2009

Joãozinho

Ele chegou e logo conquistou nossos corações,
com seu chame envolveu a todas.
Seu jeito simples nos enfeitiçou.
Foi amor a primeira vista.

Ele foi embora...
Agora estamos tristes,
sem sentido pra viver.





Volta Joãozinho!!!!!!!!!!!!!!

Sobradinho

Eu olhava e não me cansava de olhar
e ao mesmo tempo começei a imaginar
que debaixo de tanta água
havia histórias pra lembrar.

Quatro cidades,
Remanso, Casa Nova, Sento Sé e Pilão Arcado
sairam de cena, foram engolidas pelas águas
em nome do desenvolvimento.

Ao meu lado a mulher chorava
e me contava que ali ela havia nascido e crescido.
Naquele espaço ela tinha lembranças
como todos temos,
um risco na parede;
um canto preferido;
a árvore de frente em casa,
a rua que levava a tantos lugares...

Acho que por mais que eu tenha me emocionado
em ver tanto água no meio do sertão
emoção maior era a daquela mulher
que via a água sobre sua história...



Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
por cima da cachoeira a gaiola vai subir
vai ter barragem no salto do Sobradinho
e o povo vai se embora com medo de se afogar.

Sá e Guarabira