sábado, 7 de fevereiro de 2009

Pior cego é aquele que não quer ver

No último final de semana foi realizado o vestibular da UNEB, aquele em que um monte de sonhadores tentam entrar no paraíso. Alguns colegas de minha irmã estavam hospedados em hotel meia estrela, ou seja, aqui em casa. Ah entre eles o Carmo Della Vechia (hehehe). Foi aquela farra, com direito a acampamento no quarto e tudo, mas lá no fundo eu sabia como eles estavam se sentindo, pressionados, tensos, ansiosos e com todos aqueles sintomas de véspera de prova.

Apesar de deixa-lo bem a vontade, puxando resenha, contando piada sem graça e outras coisas que eu como uma pessoa chata faço, a inquietação em saber qual seria o tema da redação não fugia do mente deles, chegaram a cogitar o aquecimento global , a crise mundial...

De volta do primeiro dia de prova o assunto mais comentado foi o tema da redação " Pior cego é aquele que não quer ver". Um pouco subjetivo, mas com várias formas de abordagens. Entre eles mesmo houve redações completamentes diferentes, o que demonstrou essa variedade de interpretações.

Bom eu também tentei me arriscar com uma nova interpretação da temática, lembrando do filme "Ensaio sobre a Cegueira" baseado no romance de José Samarango, onde poderia associar alguns elementos, ou talvez faria uma fundamentação com base na teoria de Gentilli sobre o olhar normalizador que temos sobre as questões sociais. Como estou vivendo uma fase poética lembrei também da história da violeta, sei que não encontraria elementos pra fazer minha dissertação , nem sei se realmente tinha relação com a temática, mas mesmo assim pensei muito nela e resolvi passar a ideia da história pra vocês.

Em um belo jardim vivia uma bela violeta, mas pouco se interessava em ressaltar sua beleza e sua vitalidade, ela vivia por viver. Todos ao seu redor aconselhavam a se valorizar mais . Porém ela não dava muita importância. Até que um dia ela percebeu que o sol a olhava de outro modo, como se só tivesse luz e calor pra ela. A violeta sempre ouvia de todos que era especial, contudo só se sentia especial no momento em que o sol irradiava luz em sua direção. Houve assim uma transformação, a mesma passou a andar sempre linda, com folhas sempre verdinhas suspirando amor a todos que por ali passavam. Ela estava apaixonada pelo sol e agora queria viver pra ele. O tempo passou e a violeta descobriu que o sol não brilhava só pra ela, e sim pra todos. Que tristeza!!! O retorno àquela vida de antes foi inevitável. O que a violeta nunca percebeu e que mesmo com a luz do dia ou com a escuridão da noite a lua sempre a admirava e nunca fez alarde nenhum pra mostrar seu encanto por ela.


P.S. História resumida e sem dados autorais.



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